Como preservar a criança de outrora
Coisinhas como olhar outra criança no parque e, sem dizer uma palavra, oferecer meu picolé para ela, ou olho no olho começar a correr e chamar para brincar de pique… enfim o que me desse na veneta naquele momento mágico.
Daí quem sabe seríamos amigas para o resto da vida, não importando se éramos pobres, ou uma pessoinha de pele colorida, bonita ou feia.
Quando adultos, vemos a espontaneidade daquele período nos abandonar à medida que vamos crescendo e testemunhando crimes, mentiras, falsidade e a maldade humana que de nada sabíamos naquela fase.
Aprendemos a nos defender e proteger, com isso o resultado é controlar nossa espontaneidade, assim não corremos o risco de nos ferir ou sermos magoados.
E ai? Como podemos equilibrar o presente de ser feliz com os outros preservando nosso poder natural de conexão? Para mim, a solução que nos resta para não deixar morrer uma coisa tão importante como a conexão é a “intuição”. É ela que nos ajuda a sentir um perigo ou algo que não está 100% encaixado. Quantas vezes nos dizemos: “Tem alguma coisa errada aqui…”
Quando senti isso no passado, várias vezes deixei para lá e me dei mal. Queria me dar palmadas por ter ignorado meu sinal vermelho.
Por isso, acho que deveríamos treinar respeitando nosso poder intuitivo o máximo possível, para que na hora necessária tenhamos esse importante instrumento trabalhando perfeitamente ao nosso favor.
Afinal de contas, se não exercitarmos nossa intuição, como poderemos continuar dando a nós mesmos o prazer de ser infantil quando a oportunidade chegar? Quando poderemos brincar, nos divertir com outros seres humanos nos lambuzando comendo manga doce e madura sem medo de sujar a roupa?
Atenção para as crianças de agora, mas nunca se esqueçam das crianças de outrora…
Sua na alegria contagiante da criança em cada um de nós,
L.)